O Fórum de Reitores das Instituições Públicas de Ensino Superior (IPES) de Goiás retomou as atividades, na tarde desta segunda-feira (27), para discutir ações contra os consecutivos cortes orçamentários que a Educação pública vem sofrendo nos últimos anos.

Realizado no auditório da Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape), o evento contou com a presença da reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Angelita Pereira de Lima, além dos gestores da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Antônio Cruvinel; Universidade Federal de Jataí (UFJ), Américo Nunes da Silveira Neto; Universidade Federal de Catalão (UFCAT), Roselma Lucchese; Instituto Federal de Goiás (IFG), Oneida Cristina Gomes Barcelos Irigon; e Instituto Federal Goiano (IF Goiano), Elias de Pádua Monteiro.

Durante a reunião, foi feito um debate e avaliação a respeito da conjuntura política e econômica das IPES brasileiras, assim como o cenário crítico pelo qual as mesmas passam, devido às constantes limitações orçamentárias impostas pelo governo federal.

“Nós, instituições públicas de ensino superior, temos que caminhar juntas, tomando medidas de forma unificada e rápida, e definir quais ações tomaremos daqui para frente. Nosso conjunto e diversidade pode nos fortalecer em diálogos com a classe política e reverter esse cenário”, afirmou a reitora Angelita.

Convidados a participar virtualmente do Fórum, o Secretário Executivo da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Gustavo Balduíno e Cláudio Rocha, presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (CONIF) fizeram uma avaliação grave a respeito do momento atual das IPES.

“Com os consecutivos cortes, em 2021 tínhamos um orçamento equivalente ao de 2013. Esse cenário nos causa indignação. Fomos pegos de surpresa. Os diálogos com o Ministério da Educação (MEC) não apontavam essa perspectiva [de cortes no orçamento]. Havia inclusive a expectativa de suplementação”, apontou Cláudio Rocha.

Gustavo Balduíno, por sua vez, complementou: “Enxergamos a necessidade de buscar a recuperação do orçamento bloqueado e uma suplementação, pois o que temos é insuficiente para 2022. Felizmente, contamos com um engajamento positivo nas universidades, que se organizaram e mobilizaram publicamente, para mostrar à sociedade que temos uma causa justa”.

Ações conjuntas

Além das discussões acerca do orçamento, o Fórum também mobilizou os Reitores para questões relativas a ações conjuntas de integração entre as IPES goianas.

No total, foram levantados 11 eixos temáticos para debater tais medidas colaborativas:

1 – Graduação

2 – Assistência Estudantil

3 – Cultura e Extensão

4 – Administração e Finanças

5 – Educação à Distância

6 – Gestão de Pessoas

7 – Pesquisa e Inovação

8 – Pós-Graduação

9 – Tecnologia e Informação

10 – Comunicação

11- Relações Internacionais

Texto: Augusto Araújo

Fotos: Wesley Menezes