CGTIC realiza plenária em Brasília na sede da Andifes para debater transformação digital das universidades

O Colégio de Gestores de Tecnologia da Informação e Comunicação das IFES (CGTIC) reuniu-se na sede da Associação de Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) em Brasília (DF), nos dias 20 e 21 de setembro. Na pauta, discussões sobre diploma digital, acervo digital e nuvem, segurança, backup de dados, modernização e transformação digital das universidades federais e valorização dos profissionais de TI das universidades.

“As plenárias têm menos enfoque na tecnologia e mais no que as universidades precisam avançar em tecnologia”, explicou Andrés Menéndez, vice-coordenador do CGTIC, destacando que há pontos que perpassam todos os temas, como segurança e armazenamento em nuvem.

Um dos principais temas da reunião foi o diploma digital e as dificuldades que as universidades federais vivenciam na adoção deste modelo. O diploma digital de curso superior de graduação é o documento com existência, emissão e armazenamento integralmente digitais, uma inciativa do Ministério da Educação (MEC) para promover a modernização de documentações acadêmicas e segurança no registro e emissão de diplomas.

“Há universidades que não estão conseguindo emitir seus diplomas digitais. Estamos em contato com o MEC para que sejam feitas adequações, alterações, ou até verificações dos diplomas que vêm aí para a pós-graduação e para o ensino médio, para que tenhamos a menor dificuldade possível na implementação”, explicou Menéndez.

Outro tema da plenária foi o acervo digital, norma do MEC que obriga as universidades a manterem todo o acervo acadêmico dos alunos. “Isso não requer só sistemas, requer toda uma confiabilidade, porque muitas vezes estamos falando de documentos que precisamos preservar por cem anos. Debatemos como vamos lidar com o acervo digital e avaliar como podemos integrar uma solução única, para que não seja necessário que cada universidade desenvolva sua própria solução”, afirmou o vice-coordenador do CGTIC.

A parte mais técnica da reunião foi a discussão sobre o backup em nuvem, porque, segundo levantamento do CGTIC, há um conjunto de universidades federais que ainda não têm um backup offside, ou seja, não estão dentro do mesmo ambiente computacional físico dos dados da universidade. “[A universidade] tem um data center e o backup está lá dentro. Se tiver um incêndio ou inundação, esse backup, por estar no mesmo espaço físico, pode ser perdido. Temos um conjunto de universidades nessa situação. A ideia é que tenhamos um serviço com todo esse backup externo, na nuvem, talvez custeado pelo MEC, já que todos têm o mesmo problema”, avaliou Menéndez.

Outro tema tratado foi a implantação de núcleos que possam acessar dados protegidos atualmente sob a guarda do Inep. “O Inep apresentou um projeto em que podemos ter o que eles chamam de salas-seguras, para acesso às bases de dados que hoje só podem ser acessadas na sala segura em Brasília. A ideia é poder replicar isso em universidades e institutos federais, o que democratizaria mais o acesso às informações do Inep para os pesquisadores”, concluiu Menéndez.