Universidades Federais se colocam à disposição do governo eleito para auxiliar na recuperação da educação básica pós-pandemia

Como integrante do Grupo de Trabalho de Educação, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior – Andifes recebeu membros da comissão de transição do governo eleito, dentre os quais o coordenador setorial, José Henrique Paim. A reunião foi realizada na tarde da segunda-feira (21), na sede da Andifes em Brasília.

Na oportunidade, o presidente reitor Ricardo Marcelo Fonseca (UFPR) apresentou um diagnóstico do ensino superior público, elaborado com o auxílio dos colégios e fóruns assessores da Andifes, destacando as necessidades das universidades federais, com ênfase nas questões orçamentárias, de assistência estudantil e de pessoal para os anos de 2022 e 2023. O reitor destacou a disposição das universidades em participar do esforço nacional para garantir a recuperação das perdas sofridas pela educação básica desde o início da pandemia. “Nós temos um cenário bastante preocupante em toda a educação brasileira, desde a falta de investimentos e recursos financeiros, até a perda de aprendizagem, sobretudo na educação básica. É importante não nos esquecermos da necessidade urgente de recomposição orçamentária para a conclusão do ano letivo das universidades em 2022 e da adequação no orçamento para o financiamento justo das nossas instituições em 2023, mas, ao mesmo tempo em que temos essa preocupação, nos colocamos, universidades federais e Andifes, expressamente à disposição para auxiliar na recuperação dessas perdas e caminhar junto com o governo para colocarmos nossa educação e nossos estudantes em um caminho de qualidade e crescimento”, destacou.

As informações apresentadas pela Andifes foram encaminhadas à coordenação nacional da transição, onde servirão de subsídio para as decisões a serem tomadas pelo próximo governo.

O ex-ministro da educação, Henrique Paim enfatizou que as contribuições da Andifes e de todos os participantes da reunião irão subsidiar um relatório a ser construído pelo grupo de trabalho, por meio do qual serão apresentadas a síntese do cenário educacional brasileiro e propostas para a implementação de políticas públicas a partir de 2023. “Nós temos o papel de elaborar um relatório sintetizando as percepções das instituições que compõem esse GT, bem como as sugestões e os pontos que merecem maior atenção do ponto de vista político, orçamentário e legal. São essas contribuições, como as que a Andifes nos traz, que irão servir de base para que possamos apresentar propostas concretas para a coordenação geral da transição e, obviamente, para o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, avaliar o que será implementado a partir de janeiro”, detalhou.

Além de Ricardo Marcelo e Henrique Paim, participaram da reunião os vice-presidentes da Andifes, Alfredo Macedo Gomes (UFPE), Marcele Regina Nogueira Pereira (UNIR) e Evandro Aparecido Soares da Silva (UFMT), o secretário executivo da Andifes, Gustavo Balduino, e mais de uma dezena de representantes do GT de transição da educação, entre participantes presenciais e por plataforma virtual.