UFMA realiza XXXIV Seminário de Iniciação Científica e o XIV Seminário de Iniciação Tecnológica e Inovação

O auditório central da Cidade Universitária Dom Delgado foi sede, na segunda-feira, 12, da cerimônia de abertura do XXXIV Seminário de Iniciação Científica (Semic) e do XIV Seminário de Iniciação Tecnológica e Inovação (Semiti), promovidos pela Agência de Inovação, Empreendedorismo, Pesquisa, Pós-Graduação e Internacionalização (Ageufma). O evento é destinado à divulgação de pesquisas produzidas na Universidade, permitindo a troca de conhecimento entre pesquisadores de áreas de conhecimento variadas. Na ocasião, foi realizada a entrega do Prêmio Maria Ozanira Silva e Silva, concedido aos pesquisadores que mais se destacaram nos campos científico e tecnológico.

Na mesa da solenidade, estiveram presentes o reitor Natalino Salgado Filho; o pró-reitor da Ageufma, professor Fernando Carvalho Silva; o presidente da Fapema, André Luís Silva dos Santos; a diretora de Pesquisa e Inovação Tecnológica, Teresa Cristina Franco; a coordenadora do Pibic-Pibiti da UFMA, Audirene Amorim Santana; e a professora do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da UFMA, Maria Ozanira Silva e Silva, cujo nome é dado à premiação.

Segundo a diretora de Inovação Tecnológica, professora Teresa Cristina, nos dois anos anteriores, o evento foi realizado em formato remoto. Dado o recente aumento em casos de covid-19, somente a abertura foi realizada presencialmente, de forma que as apresentações serão feitas por meio de salas virtuais. “A novidade este ano é que preparamos cinco salas simultâneas para o dia 13 e quatro salas para o dia 14, divididas entre as sete áreas do conhecimento: ciências humanas, sociais, exatas, tecnológicas, biológicas, da saúde e agrárias. As apresentações serão transmitidas pelo canal oficial da Ageufma no Youtube e estarão disponíveis para toda a sociedade”, comentou a professora.

A edição 2022 do Semic e do Semiti contabiliza cerca de 800 trabalhos desenvolvidos pelos pesquisadores da UFMA, incluindo docentes e discentes. Entre os participantes, estão incluídos alunos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) do ensino superior e médio e do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti), do ciclo 2021-2022.

Prêmio Maria Ozanira Silva e Silva

A premiação, que leva o nome da docente do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da UFMA, ocorreu ao fim da cerimônia. Criado em 2014, no Programa de Qualidade dos Cursos de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação (Proquali), o Mérito Científico Maria Ozanira Silva e Silva incentiva a publicação científica qualificada dos seus docentes, premiando pesquisadores da Universidade que se destacaram pela relevante produção científica.

Presente na ocasião, a professora Ozanira enfatizou o prestígio de ter seu nome consagrado em uma premiação tão importante. “Minha vida profissional e acadêmica foi dedicada integralmente à Universidade. Ainda sou muito ligada às atividades da UFMA, principalmente na área de pós-graduação, mas o prêmio significa que meu nome vai permanecer, mesmo na minha ausência total”, ponderou.

Segundo o pró-reitor da Ageufma, Fernando Carvalho, a premiação se baseia na classificação dos pesquisadores no Pibic, de forma que são selecionados os que tiveram maior pontuação em suas respectivas áreas. “Além de receberem um certificado, os pesquisadores recebem também um auxílio financeiro para prosseguir com seus projetos de pesquisa”, afirmou.

Neste ano, sete pesquisadores ganharam a honraria, cada qual representando seu campo de atuação. Na área da saúde, o premiado foi Antônio Augusto Moura da Silva, professor do Departamento de Saúde Pública e editor chefe da revista Ciência e Saúde Coletiva. Dedica-se, sobretudo, à área da Saúde Coletiva, com ênfase em Epidemiologia, colaborando decisivamente com as decisões institucionais da UFMA durante o período de isolamento social da pandemia de covid-19.

O professor afirmou que o reconhecimento e incentivo à pesquisa é de suma importância para que a sociedade avance nas pautas que lhe concernem, mas mostrou-se preocupado com a disponibilidade de recursos, dados os expressivos cortes orçamentários sofridos pelas universidades públicas este ano.

“Durante a pandemia, o conhecimento que as universidades públicas produziram ajudou a entender e encontrar formas de combater a doença. No entanto o orçamento vem sendo reduzido ano após ano. Como estávamos funcionando remotamente, obviamente, os gastos eram menores, mas agora teremos sérios problemas se a situação não for revertida, já que as necessidades das universidades aumentaram bastante”, alertou o professor.

O professor Lívio Martins Costa Júnior, ganhador do Prêmio na categoria Ciências Agrárias, também foi homenageado pelo desenvolvimento de sua pesquisa tecnológica “Propriedades Carrapaticidas da Combinação de Cypermethrina e Citral”, que resultou na primeira transferência de tecnologia para a empresa privada Ceva Veterinária LTDA.

Por: Orlando Ezon

Fotos: Luciano Santos