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UFLA – Pesquisa busca aumentar a vida útil do cogumelo do sol

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Pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) realizaram um sequenciamento pioneiro do genoma completo, em escala cromossômica, do Agaricus subrufescens, conhecido como cogumelo do sol, famoso por suas propriedades nutricionais e medicinais. Esse feito promissor poderá levar ao desenvolvimento de novas alternativas para aumentar a vida útil desse cogumelo nativo do Brasil, que se destaca como uma fonte notável de proteínas, fibras e vitaminas, além das suas propriedades antitumorais.

Devido à pouca durabilidade em seu estado natural, o consumo do cogumelo do sol se dá quase que exclusivamente por meio de cápsulas de material desidratado. Esse fenômeno ocorre em decorrência da ativação imediata de certos genes após a colheita, os quais ativam a produção de enzimas denominadas polifenol oxidases, desencadeando o fenômeno “browning”, também conhecido como escurecimento do cogumelo. Picture 1

Para resolver esse problema, pesquisadores do Laboratório de Ecologia Microbiana e Bioinformática e do Laboratório de Cogumelos Comestíveis da UFLA, em colaboração com especialistas da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Universidade da Flórida nos Estados Unidos, realizaram o sequenciamento do genoma completo. Essa etapa é crucial para o desenvolvimento de uma alteração genética para a criação de uma linhagem com baixa produção das enzimas polifenol oxidades, e consequentemente obter maior tempo de prateleira. Isso permitirá o consumo do cogumelo em sua forma natural, ampliando suas oportunidades de mercado.

A pesquisa foi conduzida pelo doutorando do Programa de Pós-Graduação em Microbiologia Agrícola Carlos Godinho de Abreu, com a orientação dos professores Victor Satler Pylro e Eustáquio Souza Dias. Também contou com o apoio dos pesquisadores Luiz Fernando Wurdig Roesch (University of Florida); Saura Rodrigues Silva, Alessandro M. Varani e Diego Cunha Zied (Unesp); Fernando Dini Andreote (Esalq/USP), Félix Gonçalves de Siqueira (Embrapa) e Tatiana Silveira Junqueira de Moraes (UFLA). O estudo completo foi publicado na revista Research in Microbiology.

Por Camila Caetano

Texto originalmente publicado em UFLA

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